Qual é a sua religião? Em que você crê? E quais são as
razões dessa sua crença?
Eu costumo pensar que aquilo que acreditamos são mais fruto
de uma questão geográfica do que uma convicção inequívoca de um encontro com a
verdade. Não quero dizer com isso que as nossas motivações religiosas são menos
importantes, mas que precisamos entender que, ao nascermos no Brasil, tivemos
muito mais chances de nos tornarmos cristãos. E isso ocorreu em quase todo o
ocidente. O mesmo ocorre com a pessoa que nasceu no Iraque, ou na Índia, ou em
Barbados.
E muitas dessas pessoas acreditam que a sua crença é a única
verdadeira.
Isso tudo leva ao tema principal dessas palavras: “tolerância”.
Em tempos de Trump, que acaba de fechar as portas de sua casa para os
diferentes, precisamos não somente entender e tolerar aqueles que não pensam
como nós, o que se torna mais fácil quando entendemos que as causas dessas diferenças
muitas vezes são circunstanciais, dependendo do local onde a pessoa nasceu ou a
família onde foi criada. Na maioria das vezes, é só isso, ponto. As pessoas,
geralmente, são iguais a nós. Sentem as dores e as alegrias que sentimos, as
frustrações e as euforias que nos são tão próprias.