quinta-feira, 26 de março de 2015

Rishikesh

Rishikesh foi outra surpresa para nós, já acostumados com determinados padrões nas cidades da Índia. A cidade, às margens do Rio Ganges, é frequentada tanto por aqueles que querem aperfeiçoar seus conhecimentos na yoga ou na meditação, quanto por aventureiros em busca de trilhas e rafting. Há também diversos Gurus que, durante os meses que vão de dezembro a março, juntam uma grande quantidade de seguidores em suas palestras e cerimônias.









Estavam ocorrendo dois festivais de Yoga, e Prem Baba, o nosso Guru brasileiro, era um dos convidados para falar nos dois. Aproveitamos parte do tempo para ir assisti-lo. Além disso, o dia 06 de março era o dia do Holi Festival, ou festival das cores, aquele em que os indianos jogam tinta colorida em tudo e em todos. É quase um carnaval.E como queríamos fugir dessa confusão, marcamos um rafting no Ganges, que foi muito legal. As paisagens foram incríveis, ainda que tenhamos escolhido o menor trecho, de 12 km, que nos custou 400 rúpias por pessoa.

Kathmandu

Após um voo tranquilo, partindo de Varanasi, chegamos a Kathamandu, que é uma simpática cidade, um pouco diferente das cidades indianas. A cidade é mais cosmopolita, em razão da grande quantidade de estrangeiros que vão até lá para iniciar a jornada pelo Himalaya. Embora o período que estivemos lá não correspondesse à temporada do Everest, a cidade estava coalhada de gente de todos os lugares do mundo.

Chegamos e o transfer prometido pelo hotel não estava nos aguardando. Daí surgiram diversos taxistas oferecendo seus serviços. E precisávamos de ajuda mesmo, uma vez que detectamos, ainda em Kathmandu, um problema no visto do Júlio. Explico...

Estávamos aguardando o horário para o check in quando, do nada, pedi para ver o visto indiano do Júlio e do Herbert. Percebemos que, em relação ao primeiro, havia um problema: permitia somente uma entrada na Índia. É que, quando a pessoa vai solicitar visto para a Índia, ela tem a opção de marcar, no formulário, "multiple entries" ou "single entry", e por engano foi marcado apenas a segunda opção. Daí, a partir do momento em que ele saísse do território indiano, não poderia retornar, já que teria "gasto" sua entrada. Bateu um início de pânico. O que fazer?

Bem, chegamos a Kathmandu em uma sexta-feira de tarde, e o nosso retorno estava previsto para a segunda-feira seguinte. Fomos até uma agência de viagem, para ver o que poderia ser feito. E, por sorte, fomos atendidos muito bem por uma pessoa que nos ajudou a resolver. É que nós, brasileiros, em razão de um acordo bilateral entre o Brasil e a Índia, temos a alternativa de solicitar o visto online e retirá-lo na chegada no aeroporto, mas eles pedem três dias para processar o pedido. Fizemos isso e pouco mais de 12 horas depois já tínhamos a resposta ao pedido. O erro custou 80 dólares, mas a situação foi resolvida, ainda bem.

Quando estávamos nesse processo de preencher os dados do formulário, o taxista que havia nos deixado ali já tinha ido deixar o Herbert no hotel, pois o motorista disse que não podia ficar esperando. Passados mais alguns minutos, ele retornou dizendo que o Herbert não tinha pago todo o combinado, pois não tinha dinheiro suficiente. Achei estranho mas paguei a diferença. Claro que fomos enganados, pois o cara recebeu duas vezes pelo trabalho. Passado o momento de raiva, seguimos para conhecer a cidade, e ficamos muito bem impressionados com o que vimos.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...