segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Independência é morte



Neste dia 7 de setembro, em que comemoramos a Independência do Brasil, acredito que devemos refletir o que é esta palavra repetida com tanto orgulho e com tanta esperança por todos nós, ao nos referirmos tanto a eventos que ocorreram em nível nacional, como a data de hoje, quanto aqueles que dizem respeito a nós mesmos e que muitas vezes tornam-se o objetivo de nossas vidas: tornar-nos independentes.

Para alcançar tal meta, acreditamos que diversas atitudes sejam necessárias, e tais atitudes via de regra foram ensinadas por nossos pais e são reforçadas diariamente em nossas cabeças. Quase sempre se referem à nossa condição econômica e significa que não devemos nos submeter à dependência de quem quer que seja. Principalmente pelo fato de que no mundo em que vivemos, prevalece a lei do “cada um por si”. Para isso, adotamos uma série de comportamentos que tem como ponto principal o trabalho. Temos que trabalhar para obtermos as condições de alcançar a tão sonhada independência.

Esse conceito não está errado, mas é incompleto. No nosso atual estágio da evolução, o trabalho é uma das únicas maneiras de cumprirmos uma das leis planetárias: a lei do pagamento. Tudo o que desejamos no mundo material deve ser adquirido mediante um sacrifício, isto é, devemos dar algo em troca. O dinheiro é a dimensão mais visível daquilo que devemos adquirir para, posteriormente, trocar pelo que necessitamos ou que acreditamos precisar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A soma de todos os medos



Todos nós passamos por situações nas quais sentimos medo. Algumas experiências causam mais medo que outras e afetam diferentemente as pessoas. Há, inclusive, extremos desse fenômeno que são geralmente rotulados como “síndrome do pânico”, que faz, muitas vezes, que a pessoa não tenha coragem sequer para sair de casa.

Mas o que é o medo?

Bem, como qualquer outro sentimento, o medo não existe por si só. Seus reflexos, entretanto, são sentidos em razão de duas dimensões distintas, uma interna e uma externa à pessoa portadora do sentimento. Para que o medo ocorra, é necessário que haja uma fricção entre essas duas dimensões, sobre as quais vou falar um pouco adiante.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a maioria de nós, humanos, passa toda a vida reagindo a estímulos externos e internos. Geralmente tais reações são ocasionadas por pensamentos, sentimentos e sensações. Cada um desses fenômenos desencadeia uma série de reações que podem ocorrer em nossa mente (corpo mental), no nosso coração (corpo emocional) ou no nosso corpo físico.

Os pensamentos, entendidos como aquele fluxo interminável de palavras que povoam aquilo que chamamos de mente, exercem um poder enorme em nossas vidas. Esse certamente é o assunto que mais trato neste blog, isto é, a completa subjugação do homem pela mente. E o mais curioso é que nos acostumamos muito rapidamente com esse fenômeno. Somente há alguns milênios é que o ser humano começou a ouvir essa voz interna. Inicialmente, imaginou que era a voz de Deus na sua cabeça, lhe dando ordens. Então, se um pensamento de raiva surgia, dirigido a outra pessoa, era Deus mandando matá-la. E ele ia lá e cumpria a “ordem”. Ela deixou de ser chamada de Deus, mas continua no comando, ditando as ordens.
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