quinta-feira, 26 de março de 2015

Kathmandu

Após um voo tranquilo, partindo de Varanasi, chegamos a Kathamandu, que é uma simpática cidade, um pouco diferente das cidades indianas. A cidade é mais cosmopolita, em razão da grande quantidade de estrangeiros que vão até lá para iniciar a jornada pelo Himalaya. Embora o período que estivemos lá não correspondesse à temporada do Everest, a cidade estava coalhada de gente de todos os lugares do mundo.

Chegamos e o transfer prometido pelo hotel não estava nos aguardando. Daí surgiram diversos taxistas oferecendo seus serviços. E precisávamos de ajuda mesmo, uma vez que detectamos, ainda em Kathmandu, um problema no visto do Júlio. Explico...

Estávamos aguardando o horário para o check in quando, do nada, pedi para ver o visto indiano do Júlio e do Herbert. Percebemos que, em relação ao primeiro, havia um problema: permitia somente uma entrada na Índia. É que, quando a pessoa vai solicitar visto para a Índia, ela tem a opção de marcar, no formulário, "multiple entries" ou "single entry", e por engano foi marcado apenas a segunda opção. Daí, a partir do momento em que ele saísse do território indiano, não poderia retornar, já que teria "gasto" sua entrada. Bateu um início de pânico. O que fazer?

Bem, chegamos a Kathmandu em uma sexta-feira de tarde, e o nosso retorno estava previsto para a segunda-feira seguinte. Fomos até uma agência de viagem, para ver o que poderia ser feito. E, por sorte, fomos atendidos muito bem por uma pessoa que nos ajudou a resolver. É que nós, brasileiros, em razão de um acordo bilateral entre o Brasil e a Índia, temos a alternativa de solicitar o visto online e retirá-lo na chegada no aeroporto, mas eles pedem três dias para processar o pedido. Fizemos isso e pouco mais de 12 horas depois já tínhamos a resposta ao pedido. O erro custou 80 dólares, mas a situação foi resolvida, ainda bem.

Quando estávamos nesse processo de preencher os dados do formulário, o taxista que havia nos deixado ali já tinha ido deixar o Herbert no hotel, pois o motorista disse que não podia ficar esperando. Passados mais alguns minutos, ele retornou dizendo que o Herbert não tinha pago todo o combinado, pois não tinha dinheiro suficiente. Achei estranho mas paguei a diferença. Claro que fomos enganados, pois o cara recebeu duas vezes pelo trabalho. Passado o momento de raiva, seguimos para conhecer a cidade, e ficamos muito bem impressionados com o que vimos.

Kathmandu tem excelentes restaurantes, o que foi muito importante para nós, que vínhamos de experiências não tão agradáveis na Índia. E o que percebemos também foi que tudo lá é mais barato do que na Índia, em razão do câmbio. Na Índia, um dólar vale mais ou menos umas 63 rúpias indianas. No Nepal, vale praticamente 100 rúpias nepalesas. Consequentemente, desde o transporte até roupas e calçados são mais baratos. E aproveitamos para comprar algumas coisas.




No dia seguinte, escolhemos visitar um complexo budista chamado Swayambhu, que fica no alto de um morro. Subimos algumas centenas de degraus e descobrimos um lindo local, cheio de gente e macacos, de onde tínhamos uma visão bem bacana da cidade. Pagamos 200 rúpias na entrada, e valeu a pena.








Como, neste ponto da viagem, já estávamos cansados, e pela opção de termos ido a pé para o templo, gastamos o restante do dia em restaurantes ou passeando sem destino pelo centro da cidade. O dia seguinte foi chuvoso, e mantivemos o mesmo ritmo. Sei que deixamos de ver coisas bastante interessantes, mas só quem já fez esse batidão sabe o quanto é difícil manter o cronograma após tantos dias de viagem.






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