segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Quem é você?



No dia do aniversário de Gonçalves Dias, autor do poema acima, optei por escrever sobre a ideia que fazemos de nós próprios, o que nos torna, nas sábias palavras do poeta, vítimas dos "abysmos do porvir".

Quem é você neste momento? É aquele mesmo que ontem ou no dia anterior se entristecia por um objetivo não alcançado? Ou o mesmo que há poucas semanas alegrava-se por uma conquista tão esperada? Quem é você hoje?

A verdade é que somos muitos “eus” ao mesmo tempo. Um dia estamos felizes, noutro estamos tristes, noutro indiferentes. Tem dia que nos amamos e outro em que, se pudéssemos, nos despedíamos de nós mesmos. Tudo muda, inclusive a imagem que fazemos daquilo que somos, ou julgamos ser. Isso me lembra uma música de Juraildes da Cruz , na qual ele diz que pensou em fugir de si mesmo, mas onde ele ia, ele estava.


Quem é você neste momento? Dá pra dizer que é a mesma pessoa que estará aí mesmo, no dia de hoje?

Aquilo que pensamos a nosso respeito nada mais é que um pensamento, e por isso varia tanto. Se estamos deprimidos, nossa auto-imagem é a pior possível. Se estamos eufóricos, nos julgamos os donos do mundo. O problema é que não podemos ser isso que a todo momento muda. E o mundo está do jeito que está exatamente porque as pessoas confundem a si mesmas com seus pensamentos. Daí essa loucura coletiva. 

Busque encontrar aquilo que é constante e que observa esses pensamentos tão mutantes. Procure ouvir o silêncio por trás e entre seus pensamentos. Tudo muda, menos você mesmo.


Descubra-se.



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