Neste
Dia dos Pais, gostaria de referir-me aos pais de verdade. Aqueles que, como eu,
se frustram, se entristecem, falham, tornam a falhar. Esses são os pais que
tivemos, temos e somos. Gostaria de louvar o papel do pai à distância, que
sofre um pouquinho a cada dia a ausência forçada de seus filhos. Aquele que,
embora próximo e embora tente, não tem a capacidade de se encaixar no estereótipo
do pai perfeito, da propaganda matinal de sucrilhos.
Queria
agradecer ao meu saudoso pai, meu herói e meu bandido, mas meu pai. Hoje
entendo que ele nunca poderia ter suprido todas as minhas necessidades
emocionais, simplesmente porque isso era e é impossível. Vejo nos olhos da
minha descendência os meus próprios olhos, muitas vezes pedindo aquilo que não pode
ser fornecido, por mais que tentemos.
O
mérito não está em atingir a perfeição, mas em amar apesar de tudo. O sucesso
paternal deve ser medido no esforço que fazemos em orientar nossos filhos,
quando nós mesmos nos sentimos tão desamparados, necessitados do colos dos
nossos próprios pais. Somos crianças em corpos de adulto.
Feliz
Dia dos Pais pra você, que como eu, ama incondicionalmente seus filhos, sofre com a certeza de que poderia ter feito melhor, mas ainda assim segue em frente
tentando alcançar essa inalcançável meta.
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