domingo, 9 de agosto de 2015

O pai da vida real



Neste Dia dos Pais, gostaria de referir-me aos pais de verdade. Aqueles que, como eu, se frustram, se entristecem, falham, tornam a falhar. Esses são os pais que tivemos, temos e somos. Gostaria de louvar o papel do pai à distância, que sofre um pouquinho a cada dia a ausência forçada de seus filhos. Aquele que, embora próximo e embora tente, não tem a capacidade de se encaixar no estereótipo do pai perfeito, da propaganda matinal de sucrilhos.

Queria agradecer ao meu saudoso pai, meu herói e meu bandido, mas meu pai. Hoje entendo que ele nunca poderia ter suprido todas as minhas necessidades emocionais, simplesmente porque isso era e é impossível. Vejo nos olhos da minha descendência os meus próprios olhos, muitas vezes pedindo aquilo que não pode ser fornecido, por mais que tentemos.

O mérito não está em atingir a perfeição, mas em amar apesar de tudo. O sucesso paternal deve ser medido no esforço que fazemos em orientar nossos filhos, quando nós mesmos nos sentimos tão desamparados, necessitados do colos dos nossos próprios pais. Somos crianças em corpos de adulto.


Feliz Dia dos Pais pra você, que como eu, ama incondicionalmente seus filhos, sofre com a certeza de que poderia ter feito melhor, mas ainda assim segue em frente tentando alcançar essa inalcançável meta.

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