quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Mathura e Vrindavan

O nosso transporte estava combinado para uma passada em Mathura, a cidade onde Krishna nasceu. Havia visto fotos do Templo principal na Internet e me animei a colocar a cidade no roteiro.

O motorista passou rápido por diversos templos, logo na entrada da cidade. Depois de uns 20 minutos de tumulto e buzina, ele parou explicando que o templo de Krishna estava próximo e que havia outros em volta.  Sugeriu um guia, que aceitamos relutantemente, pois nossa experiência dizia que há mais a perder do que a ganhar com um guia na Índia (o que pode ser idiotice nossa, mas.....). Acertamos o preço em 100 Rúpias e começamos por um templo inativo,  de onde foram retiradas todas as imagens, há muito tempo. Era o Templo de Govinda, hoje apenas uma armação de pedras, colunas e macacos, que estão por toda a parte.

Durante o papo com o guia, descobrimos que estávamos em Vrindavan, que era a cidade onde Krishna brincava quando criança, e não em Mathura, onde inicialmente julgávamos estar.

O segundo destino foi um Ashram de mulheres, e ali  tudo começou a nos parecer estranho. A próxima meia hora foi toda dedicada a literalmente arrancar uma doação para o templo. Depois de diversas explicações sobre os "planos" de pagamento, que incluíam a inscrição de nosso nome na parede do local onde "Krishna dança todas as noites", fomos levados a um tipo de altar guardado por um homem que parecia um Sadhu. Mais uma vez falou que as doações serviam para alimentar cerca de 2 mil mulheres e 5 mil vacas, além de outros tantos Sadhus (que são os homens santos da Índia). Arrematou pedindo para preenchemos um formulário, com nossos dados pessoais. Achei que era para que nossos nomes fossem incluídos em algum tipo de oração, mas ao terminarmos, foi solicitado que colocássemos o valor da doação no fim da folha, acrescentando que poderia ser em dólares, euros ou rúpias.

Gente, eu não estou escrevendo isso para menosprezar a instituição ou o trabalho de caridade executado por eles, mas sim para criticar a forma como a coisa é conduzida para constranger o turista a fazer a doação. Não vou dizer que você não deve ir à Vrindavan, mas também não vou dizer que vá.

Após isso, seguimos finalmente para o Templo principal de Krishna,  em Mathura. Aí a coisa mudou de figura. Apesar de ter passado pela revista mais criteriosa de toda a minha vida, e do fato de ser talvez o templo mais vigiado do mundo, ele é lindo. Pena não poder mostrar, pois qualquer tipo de equipamento eletrônico é proibido. O local foi construído onde dizem ter ocorrido o nascimento de Lorde Krishna. E o melhor é que é de graça.

Se você vai de Delhi para Agra, recomendo uma passadinha no Restaurante Maharaj, para comer um Cheese Nan e em Mathura.

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