segunda-feira, 20 de julho de 2015

Controlar o quê?




Quem de nós está disposto a aceitar suas próprias irresponsabilidades? Precisamos acertar sempre? Precisamos ser sempre perfeitos?

Bem, uma de nossas principais características é, internamente, nos cobrarmos demais pelas coisas. Nossa vida, em determinados momentos, é um poço de culpa por fazer, por não fazer, por deixar para amanhã, por não estar a fim de fazer. Tudo nos deixa mal. Se algo não sai como queremos, reclamamos. Se sai como havíamos imaginado, talvez não sejamos merecedores.

A proposta, então, é saber aceitar as nossas próprias irresponsabilidades, as nossas falhas, os nossos “não estou afim”. Há momentos em que esse desapego é importante para que entendamos que algumas coisas são mais importantes que outras em nossa vida. Até que chegue o momento em que deixemos de nos preocupar com os frutos da nossa ação. Continuamos fazendo o melhor que podemos, mas deixamos as consequências a critério da existência.

Não devemos transformar nossas dificuldades em problemas. Os desafios sempre existirão e nós temos que encontrar forças para ultrapassá-los. Mas eles não precisam se transformar em problemas, que é o que ocorre quando agregamos uma carga emocional onde não é necessário. E, se não há nada a ser feito, que seja. Há momentos em que o melhor é não fazer nada. É esperar para que as coisas se acomodem. Há ocasiões em que a sua interferência somente irá atrapalhar o desenlace, pois a tendência é que as coisas se ajeitem.

Não tente controlar aquilo que não pode ser controlado. Nós temos arbítrio apenas sobre uma parcela de nossa vida. A sabedoria está em identificar onde nosso desejo de controle somente trará frustações, ao invés de respostas ou soluções.

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